Desenho a realidade com alguns sonhos, transformo em sonhos aquilo que é real, choro lágrimas, mas as vezes não as enxergo, amo mais do que posso e demonstro menos do que sou capaz, abro janelas e portas que dão direto a um deserto, demoro para entender esse deserto se encontra dentro de mim, relembro passado, imagino futuro, caminho sobre pedras quentes, brinco com larva de vulcão, subo em estrelas, vou voando no céu, abro o olho e vejo que em momento algum eu sai do chão, choro lágrimas de alegria, dou risada de tristeza, não sei como me sinto, e se alguém me pergunta se estou realmente bem, eu digo estou fingindo por favor não me interrompa, de todas as vezes que até hoje cai, essa é a única que não consigo sair do chão, talvez um abraço ajudaria, mas o braço anestésico que sempre me curou de tudo, esta longe, e não sei se vai voltar, a mão que me seguraria aqui esta inalcançável, e o que me machuca não é o silencio, é saber que sua voz esta fazendo tanta falta!